sábado, 23 de maio de 2009

A noite americana


Título original: La nuit américaine
Ano de produção: 1973
Direção: François Truffaut

Avaliação: Excelente

Comentário:

Como descrever um filme cuja história é a produção de outro filme? Basicamente, este é um "por trás dos bastidores", porém o filme sendo filmado fica em segundo plano, e os protagonistas são as pessoas por trás (e em frente) das câmeras. Truffaut mostra em várias cenas referências aos grandes mestres do cinema, e praticamente todos os personagens demonstram, sem a menor sombra de dúvida, sua paixão pela arte de fazer filmes - exemplo é a moça que diz "eu trocaria um homem por um filme mas nunca um filme por um homem".

Essa é provavelmente a maior declaração de amor ao cinema já posta em celulóide. Um filme mais que obrigatório para qualquer um que se diga amante da sétima arte.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

O signo do leão


Título original: Le signe du lion
Ano de produção: 1959
Direção: Eric Rohmer

Avaliação: Muito bom

Comentário:

Devo admitir minha vergonha: cheguei atrasado na sessão e perdi os primeiros cinco minutos do filme. Então, onde eu cheguei parecia meio sem nexo, uma festa onde eu não sabia quem era quem e nem qual personagem seria o protagonista da história. Mas passados alguns minutos, ao discutirem sobre astrologia, um personagem diz: sou do signo de leão. Aí ficou claro que era sobre ele e realmente era. Deste ponto em diante, o filme mostra a trajetória deste personagem de músico desempregado a mendigo completo. É uma visão bem triste do mundo, e realmente interessante. Realmente foi uma ótima surpresa da mostra.

O desprezo


Título original: Le mépris
Ano de produção: 1963
Direção: Jean-Luc Godard

Avaliação: Excelente

Comentário:

Depois da decepção com "Acossado", fui assistir "O desprezo" com um pé atrás com Godard. Minha primeira experiência com o diretor me deixou ressabiado, mas esse puta filme conseguiu fazer jus à fama de Godard. No começo (mas bem no começo mesmo) é meio estranho, principalmente por uma cena em que aparece a (lindíssima) Brigitte Bardot nua em uma cama e perguntando sobre cada parte de seu corpo ao marido. Mas depois se torna um drama fantástico sobre o relacionamento dos dois. E também é fantástico pelas várias referências ao cinema e formas de cinematografia. A trilha sonora é maravilhosa, as paisagens... Enfim, um ótimo conjunto de obra. Mais um que eu considero imperdível.

Acossado


Título original: À bout de souffle
Ano de produção: 1960
Direção: Jean-Luc Godard

Avaliação: Mediano

Comentário:

Não tenho muitos comentários a fazer sobre esse filme. Acho que não estava em um bom dia quando assisti, mas simplesmente ele não me chamou a atenção. É um suspense em que não acontece basicamente nada, com exceção do final. Até agora, dos filmes da mostra, foi o único que me decepcionou.

Os incompreendidos


Título original
: Les quatre cents coups
Ano de produção: 1959
Direção: François Truffaut

Avaliação: Excelente

Comentário:

Aproveitando a onda da mostra de Nouvelle Vague, comecei assistindo "Os incompreendidos". O filme de esréia do diretor François Truffaut é realmente muito bom, com uma história que entretém e conseguiu me prender por toda a execução. O clima é bem típico de Truffaut: a celebração do "feel-good" do cinema. Mesmo com a história não sendo um mar de rosas, ainda assim dá uma sensação de bem-estar ao assistir, não sei explicar bem ao certo. Acho que só o fato de estar assistindo um baita filme já contribui para isso.

Também merece destaque o curta "Os pivetes", também do Truffaut, que passou na sessão aquele dia. Só esse curta já valeu pelo ingresso, é realmente fantástico. Conta a história de um grupo de pivetes que são apaixonados por uma moça mais velha e que, sabendo da impossibilidade de reciprocidade devido à diferença de idade, ficam atrapalhando o namoro dela com um rapaz. Simplesmente imperdível!

Nouvelle vague

Esse ano estou meio parado em minhas andanças pelo mundo cinematográfico, mas é um problema temporário. Por isso o blog está meio jogado às traças, mas assim que for resolvido, virei a publicar mais frequentemente.

Esse mês, na cinemateca brasileira, está tendo uma mostra de filmes da Nouvelle Vague, período do cinema francês do fim da década de 50 e 60. É um privilégio poder assistir esses filmes no cinema, ainda mais que o acesso aos títulos da mostra não são tão fáceis de encontrar à venda ou nas locadoras. A seleção de títulos está excelente e apenas confirmam a minha opinião de que o melhor cinema europeu vem da França.

LE CINEMA RÈIGNE!