Réquiem por um sonho

Título original: Requiem for a dream

Ano de produção: 2000

Direção: Darren Aronofsky

Avaliação: Excelente

Comentário:

Cada vez que assisto esse filme, ele fica melhor. Não é uma experiência agradável assisti-lo, mas isso é por causa do assunto que ele aborda. Trata-se de um retrato do efeito das drogas em um grupo de pessoas. A sensação é de se levar um soco no estômago.

É um filme de baixo orçamento, sem nenhum grande nome (pelo menos não na época). Ellen Burstyn (a mãe da menina possuída de "O Exorcista") está excelente. A trilha sonora com os violinos é angustiante e colabora para o clima tenso do filme.

Mais que recomendado.

Kill Bill

Título original: Kill Bill

Ano de produção: 2003

Direção: Quentin Tarantino

Avaliação: Excelente

Comentário:

Um de meus filmes favoritos, simplesmente. Apesar de dividido em dois, é um filme só. Porém em escala e magnitude grandes demais pra se colocar em um filme de duração "normal". Cada volume tem seu mérito mas, pessoalmente, gosto mais do segundo. O primeiro é diversão non-stop, e o segunto tem diálogos e situações excelentes.

Quem não viu ainda, vá e veja!

A noite americana

Título original: La nuit américaine

Ano de produção: 1973

Direção: François Truffaut

Avaliação: Excelente

Comentário:

Como descrever um filme cuja história é a produção de outro filme? Basicamente, este é um "por trás dos bastidores", porém o filme sendo filmado fica em segundo plano, e os protagonistas são as pessoas por trás (e em frente) das câmeras. Truffaut mostra em várias cenas referências aos grandes mestres do cinema, e praticamente todos os personagens demonstram, sem a menor sombra de dúvida, sua paixão pela arte de fazer filmes - exemplo é a moça que diz "eu trocaria um homem por um filme mas nunca um filme por um homem".

Essa é provavelmente a maior declaração de amor ao cinema já posta em celulóide. Um filme mais que obrigatório para qualquer um que se diga amante da sétima arte.

O signo do leão

Título original: Le signe du lion

Ano de produção: 1959

Direção: Eric Rohmer

Avaliação: Muito bom

Comentário:

Devo admitir minha vergonha: cheguei atrasado na sessão e perdi os primeiros cinco minutos do filme. Então, onde eu cheguei parecia meio sem nexo, uma festa onde eu não sabia quem era quem e nem qual personagem seria o protagonista da história. Mas passados alguns minutos, ao discutirem sobre astrologia, um personagem diz: sou do signo de leão. Aí ficou claro que era sobre ele e realmente era. Deste ponto em diante, o filme mostra a trajetória deste personagem de músico desempregado a mendigo completo. É uma visão bem triste do mundo, e realmente interessante. Realmente foi uma ótima surpresa da mostra.

O desprezo

Título original: Le mépris

Ano de produção: 1963

Direção: Jean-Luc Godard

Avaliação: Excelente

Comentário:

Depois da decepção com "Acossado", fui assistir "O desprezo" com um pé atrás com Godard. Minha primeira experiência com o diretor me deixou ressabiado, mas esse puta filme conseguiu fazer jus à fama de Godard. No começo (mas bem no começo mesmo) é meio estranho, principalmente por uma cena em que aparece a (lindíssima) Brigitte Bardot nua em uma cama e perguntando sobre cada parte de seu corpo ao marido. Mas depois se torna um drama fantástico sobre o relacionamento dos dois. E também é fantástico pelas várias referências ao cinema e formas de cinematografia. A trilha sonora é maravilhosa, as paisagens... Enfim, um ótimo conjunto de obra. Mais um que eu considero imperdível.

Acossado

Título original: À bout de souffle

Ano de produção: 1960

Direção: Jean-Luc Godard

Avaliação: Mediano

Comentário:

Não tenho muitos comentários a fazer sobre esse filme. Acho que não estava em um bom dia quando assisti, mas simplesmente ele não me chamou a atenção. É um suspense em que não acontece basicamente nada, com exceção do final. Até agora, dos filmes da mostra, foi o único que me decepcionou.

Os incompreendidos

Título original: Les quatre cents coups

Ano de produção: 1959

Direção: François Truffaut

Avaliação: Excelente

Comentário:

Aproveitando a onda da mostra de Nouvelle Vague, comecei assistindo "Os incompreendidos". O filme de esréia do diretor François Truffaut é realmente muito bom, com uma história que entretém e conseguiu me prender por toda a execução. O clima é bem típico de Truffaut: a celebração do "feel-good" do cinema. Mesmo com a história não sendo um mar de rosas, ainda assim dá uma sensação de bem-estar ao assistir, não sei explicar bem ao certo. Acho que só o fato de estar assistindo um baita filme já contribui para isso.

Também merece destaque o curta "Os pivetes", também do Truffaut, que passou na sessão aquele dia. Só esse curta já valeu pelo ingresso, é realmente fantástico. Conta a história de um grupo de pivetes que são apaixonados por uma moça mais velha e que, sabendo da impossibilidade de reciprocidade devido à diferença de idade, ficam atrapalhando o namoro dela com um rapaz. Simplesmente imperdível!

Nouvelle vague

Esse ano estou meio parado em minhas andanças pelo mundo cinematográfico, mas é um problema temporário. Por isso o blog está meio jogado às traças, mas assim que for resolvido, virei a publicar mais frequentemente.

Esse mês, na cinemateca brasileira, está tendo uma mostra de filmes da Nouvelle Vague, período do cinema francês do fim da década de 50 e 60. É um privilégio poder assistir esses filmes no cinema, ainda mais que o acesso aos títulos da mostra não são tão fáceis de encontrar à venda ou nas locadoras. A seleção de títulos está excelente e apenas confirmam a minha opinião de que o melhor cinema europeu vem da França.

LE CINEMA RÈIGNE!

Uma história de amor

Título original: Love story

Ano de produção: 1970

Direção: Arthur Hiller

Avaliação: Muito bom

Comentário:

 

É piegas pra caramba, mas surpreendentemente funciona. A trilha sonora já é mais que icônica e é linda. De alguma maneira esse filme despretensioso conseguiu uma puta bilheteria na época do lançamento. Acho compreensível, já que é um filme bem "fofo" e os atores conseguem uma ótima química. Hoje em dia (e acho que na época também) esse filme não passa de uma parada de clichês, mas sabe de uma coisa? Eu gostei, e muito. Eu recomendo, só não garanto que todo mundo vá gostar.

Psicose

Título original: Psycho

Ano de produção: 1960

Direção: Alfred Hitchcock

Avaliação: Excelente

Comentários:

Acho que não há nada pra se dizer sobre Psicose que já não tenha sido dito. Seja pela famosíssima cena do chuveiro e o sangue de calda de chocolate ou por ser o maior clássico do suspense, esse é um filme obrigatório. E é excelente também! Hoje em dia pode parecer meio clichê em algumas cenas, mas é um filme tenso e bastante transgressor de conceitos - tem que se lembrar que foi feito em 1960, antes da moda de slasher movies que surgiu nos anos 70.

Em suma: veja já.

A pequena loja dos horrores

Título original: A pequena loja dos horrores
Ano de produção: 1986
Direção: Frank Oz

Avaliação: Excelente

Comentário:

Quem me conhece sabe que eu sou doente por musicais. E este é um de meus guilty pleasures. É divertidíssimo, as músicas são ótimas, as interpretações são completamente over the top, e esse é o charme do filme. Vale pelas risadas e pela trilha de Alan Menken e música de Howard Ashman (pra quem não sabe, eles são a dupla que fizeram sucesso com A pequena sereia, Aladdin e A bela e a fera).

Recomendado!

Batman - O cavaleiro das trevas

Título original: The dark knight
Ano de produção: 2008
Direção: Christopher Nolan

Avaliação: Excelente

Comentário:

Dez anos depois de Titanic estourar nos cinemas, "O cavaleiro das trevas" fez algo similar, se tornando um sucesso tremendo tanto de público como de crítica. Como não tem quem não saiba disso, vou escrever sobre a minha opinião sobre o filme.

Alguns fatos a serem considerados: eu não sou fã de filmes de super-heróis. Um dos poucos que eu realmente gosto é "Homem-aranha" (especialmente o segundo). Outro fato importante é que eu não gosto dos filmes do Batman. Os do Tim Burton até que são legaizinhos, mas nada que eu diga "são bons". A maioria das pessoas gosta muito de Batman Begins, mas eu achei difícil de engolir, com visual e aura de episódio-piloto de seriado.

Pois bem, minhas expectativas com "O cavaleiro das trevas" eram baixissimas, e quando vi no cinema achei bom, mas não me impressionei. Este fim de semana re-assisti em DVD e me surpreendi como é interessante. A história é densa e sombria, as atuações ótimas (sim, Heath Ledger fechou bem sua carreira). Mas a parte técnica é o que mais surpreende. A trilha sonora de Hans Zimmer é fantástica, os efeitos bons, a edição boa. Em si, um filme realmente muito bom.

Espero que os próximos filmes de super-herói sigam esta linha. Não creio que isso vá acontecer, mas sonhar não custa...

O dia em que a terra parou

Título original: The day the Earth stood still
Ano de produção: 2008
Direção: Scott Derrickson

Avaliação: Muito ruim

Comentário:

OK, remakes são um risco. E este é um daqueles que não deveriam ter sido feitos. Definitivamente. As intenções deste até que são um pouquinho nobre, afinal de contas a mensagem é passada - na versão original era uma mensagem contra a guerra nuclear, enquanto neste é contra as ações do homem contra a natureza - porém esta mensagem, que deveria ser o importante do filme, fica em segundo plano, com atuações bem medianas, com clichês seguidos de clichês além, é claro, da criancinha irritante, que veio como uma cerejinha no topo desta produção cara e bem mal-feita.

Pulp Fiction - Tempo de violência

Título original: Pulp Fiction
Ano de produção: 1994
Direção: Quentin Tarantino

Avaliação: Excelente

Comentário:
Taí um filme que melhora a cada vez que é assistido. O roteiro é tão bom, e os diálogos tão interessantes que sempre se nota algo que nã0 tinha sido notado anteriormente.

Este é mais um dos excelentes filmes lançados no ano de 1994 que, para mim, foi um dos anos mais produtivos do cinema. Vários de meus favoritos são deste ano, como Forrest Gump, Um sonho de liberdade, A trilogia das cores, Ed Wood, entre vários e vários outros. Não sei se Pulp Fiction é o melhor, pois o páreo é duro, mas que encabeça a lista, isso é fato.